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24 de June de 2025
Desempenho e Longevidade

Glicação e envelhecimento cutâneo: como combater esse processo silencioso na prática clínica

  • maio 26, 2025
  • 5 min read
Glicação e envelhecimento cutâneo: como combater esse processo silencioso na prática clínica

Açúcar em excesso não afeta apenas o metabolismo — ele compromete a estrutura da pele. O processo de glicação, embora pouco discutido fora do meio técnico, é uma das causas mais relevantes do envelhecimento cutâneo precoce. Neste artigo, vamos abordar o que é a glicação, como ela danifica o colágeno e quais são as estratégias mais eficazes, tópicas e orais, para combatê-la na prática clínica.

O que é glicação e como ela ocorre na pele

A glicação é uma reação química espontânea entre açúcares (principalmente a glicose) e proteínas ou lipídeos. No caso da pele, essas reações afetam diretamente as fibras de colágeno e elastina, formando compostos chamados AGEs (advanced glycation end-products).

Esses AGEs alteram a conformação tridimensional das proteínas, deixando as fibras mais rígidas, menos funcionais e mais suscetíveis à degradação. O resultado clínico é perda de elasticidade, aumento da flacidez, rugas profundas e alteração da textura da pele.

Efeitos clínicos do acúmulo de AGEs na derme

Com o acúmulo progressivo dos AGEs, o tecido dérmico perde sua arquitetura funcional. As fibras de colágeno tornam-se quebradiças e mal organizadas. A matriz extracelular se desestrutura e há redução da síntese de novas fibras pelos fibroblastos.

Além disso, os AGEs se ligam aos receptores RAGE, ativando vias inflamatórias que aceleram o envelhecimento cutâneo e aumentam a suscetibilidade a processos inflamatórios crônicos. Isso também contribui para hiperpigmentação, perda de viço e menor capacidade de regeneração.

Fatores que aceleram a glicação

Embora seja um processo natural do envelhecimento, a glicação pode ser intensificada por:

  • Dietas ricas em açúcares simples e alimentos ultraprocessados;
  • Exposição à radiação UV;
  • Estresse oxidativo e inflamação crônica;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Por isso, pacientes com hábitos alimentares inadequados ou exposição solar excessiva apresentam sinais mais evidentes de glicação dérmica.

Estratégias para inibir a glicação na prática clínica

O controle da glicação envolve tanto a prevenção da formação de AGEs quanto a quebra dos compostos já formados. Na abordagem integrativa, destacam-se:

  • Via oral: antioxidantes como vitamina C, ácido alfa-lipóico, carnosina e polifenóis como resveratrol e flavonoides da maçã, que bloqueiam a formação de AGEs e neutralizam radicais livres;
  • Via tópica: ativos como niacinamida, vitamina C estabilizada, peptídeos sinalizadores e extratos vegetais com ação antiglicante e antioxidante.

No artigo sobre o papel dos antioxidantes na prevenção do envelhecimento celular, já discutimos como esses compostos impactam diretamente a integridade cutânea.

Importância da abordagem combinada: suplementação + dermocosméticos

A atuação em múltiplas frentes é a forma mais eficaz de mitigar os danos causados pela glicação. A suplementação oral age no metabolismo e na defesa sistêmica, enquanto os dermocosméticos oferecem suporte local com ação direta na matriz extracelular.

Essa abordagem é especialmente indicada para pacientes com sinais de flacidez, rugas profundas, perda de firmeza e hiperpigmentação, com histórico de exposição solar ou resistência à insulina.

Para aprofundar o contexto sistêmico desses quadros, veja também nosso artigo sobre inflamações ocultas e composição corporal.

Sugestão de protocolo clínico

  • Faciderm (oral): 1 a 2 cápsulas ao dia, com antioxidantes e vitamina C de alta concentração;
  • Sérum Day Light (tópico): aplicação matinal, com vitamina C estabilizada e ação antioxidante;
  • Sérum Night Night (tópico): uso noturno, com ativos reparadores, hidratantes e anti-inflamatórios.

O protocolo deve ser mantido por pelo menos 90 dias, com reavaliação mensal e reforço da orientação nutricional e fotoproteção diária.

Considerações finais e recomendação Joie

O combate à glicação é uma estratégia essencial, porém ainda negligenciada, no manejo do envelhecimento cutâneo. Intervenções tópicas e orais com ação antiglicante podem melhorar significativamente a qualidade da pele e retardar a progressão de rugas e flacidez.

A linha da Joie oferece soluções eficazes e baseadas em ciência para esse cuidado, como o Faciderm, o Sérum Day Light e o Sérum Night Night, ideais para compor protocolos de prescrição funcional.

Referências

  1. Cerqueira, V. M. et al. “Produtos finais de glicação avançada e suas implicações dermatológicas.” Rev. Bras. Dermatol. Funcional, 2022.
  2. Lopes, R. S.; Ferreira, T. A. “Ação dos polifenóis na glicação e inflamação cutânea.” Jornal de Nutrição Estética, 2020.
  3. Lima, A. C.; Gonçalves, B. L. “Ativos antiglicantes em cosméticos: evidências clínicas.” Revista Brasileira de Cosmetologia, 2021.
  4. Maia Campos, P. M. B. G. “Efeitos da carnosina na prevenção do envelhecimento dérmico.” Dermato Funcional, 2019.