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01 de October de 2025
Casos Clínicos e Aplicações Práticas

Envelhecimento ativo e prevenção de quedas: como cálcio e magnésio modulam equilíbrio e mobilidade

  • setembro 30, 2025
  • 7 min read
Envelhecimento ativo e prevenção de quedas: como cálcio e magnésio modulam equilíbrio e mobilidade

O envelhecimento saudável vai além da ausência de doenças crônicas. Ele está diretamente ligado à manutenção da mobilidade, do equilíbrio e da independência funcional. Entre os desafios clínicos da geriatria, as quedas são um dos mais críticos, pois representam a principal causa de fraturas, hospitalizações e perda de autonomia entre idosos. A prevenção desse quadro exige uma abordagem multifatorial, e a nutrição desempenha papel central nesse processo. Minerais como cálcio e magnésio exercem funções determinantes na contração muscular, na transmissão nervosa e na integridade óssea, tornando-se aliados estratégicos na redução do risco de quedas. Essa visão amplia a discussão iniciada em análises como a de sedentarismo e dor articular, onde a mobilidade foi apresentada como eixo central da saúde na terceira idade.

Quedas em idosos: um problema de saúde pública

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de um terço das pessoas acima de 65 anos sofre pelo menos uma queda por ano. As consequências vão desde escoriações leves até fraturas graves, como as de quadril, que apresentam alta taxa de morbimortalidade. Além dos impactos físicos, as quedas repercutem no aspecto psicológico, gerando medo, insegurança e restrição de atividades sociais.

O risco está associado a múltiplos fatores: perda de massa muscular, déficit de equilíbrio, osteopenia, uso de polifarmácia, alterações visuais e presença de doenças crônicas. A deficiência nutricional é um dos fatores mais negligenciados, embora desempenhe papel decisivo nesse cenário.

O papel do cálcio na saúde óssea e funcional

O cálcio é fundamental para a manutenção da densidade mineral óssea e para a prevenção de fraturas. Seu déficit, comum em idosos devido à baixa ingestão dietética e à absorção intestinal reduzida, aumenta a fragilidade esquelética. Além disso, o cálcio atua na transmissão de impulsos nervosos e na contração muscular, processos diretamente relacionados ao equilíbrio e à resposta motora.

Sem níveis adequados de cálcio, o corpo recorre a reservas ósseas, acelerando a perda de massa e aumentando a suscetibilidade a fraturas. Sua ação plena, entretanto, depende da associação com cofatores como vitamina D e magnésio, que garantem absorção e deposição adequada.

O magnésio e sua influência neuromuscular

O magnésio participa de mais de 300 reações enzimáticas, incluindo a ativação da bomba de sódio-potássio e a regulação da contração muscular. Atua ainda na estabilidade da membrana celular e na modulação do tônus muscular. Deficiências de magnésio estão associadas a câimbras, fraqueza, fadiga e maior risco de quedas.

Além disso, o magnésio é indispensável para a ativação da vitamina D, contribuindo indiretamente para a saúde óssea. Sua ação anti-inflamatória e antioxidante auxilia na preservação do tecido muscular e na redução do risco de sarcopenia, condição altamente prevalente em idosos.

Essa conexão neuromuscular já foi explorada em discussões sobre magnésio e inflamação silenciosa, mas ganha nova dimensão quando analisada sob a ótica da prevenção de quedas.

Sinergia entre cálcio e magnésio

Embora frequentemente analisados separadamente, cálcio e magnésio atuam em conjunto para garantir o funcionamento adequado do sistema musculoesquelético. O cálcio desencadeia a contração muscular, enquanto o magnésio promove o relaxamento. O equilíbrio entre os dois minerais é essencial para a coordenação motora fina e para a manutenção do equilíbrio postural.

Desequilíbrios, como ingestão excessiva de cálcio sem a contrapartida de magnésio, podem comprometer o sistema neuromuscular, aumentando o risco de quedas. Por isso, a suplementação deve sempre considerar essa sinergia, respeitando proporções seguras e eficazes.

Evidências clínicas

Estudos longitudinais mostram que idosos com níveis adequados de cálcio e magnésio apresentam menor incidência de quedas e fraturas. Pesquisas também apontam que protocolos de suplementação que combinam os dois minerais reduzem significativamente a perda de massa óssea e melhoram a performance neuromuscular.

Ensaios clínicos destacam ainda o papel do magnésio na redução de marcadores inflamatórios, o que contribui para a preservação da massa muscular e da função mitocondrial. Esse efeito pode ser decisivo na prevenção da fragilidade e da sarcopenia.

Estratégias de prescrição clínica

O prescritor deve adotar uma abordagem personalizada, considerando fatores como histórico de quedas, densidade mineral óssea, uso de medicamentos e condições clínicas associadas. A suplementação de cálcio deve priorizar formas biodisponíveis, como o citrato de cálcio, enquanto o magnésio pode ser prescrito em formas como bisglicinato ou citrato, que apresentam melhor absorção.

Além disso, a associação com vitamina D é fundamental para potencializar os efeitos sobre a saúde óssea e muscular. Protocolos que integrem treinamento físico, fisioterapia preventiva e suplementação nutricional oferecem melhores resultados na prática clínica.

Integração com estilo de vida

A suplementação de cálcio e magnésio deve ser acompanhada por medidas de estilo de vida que fortaleçam a mobilidade: prática regular de exercícios resistidos, alongamento, treinamento de equilíbrio e manutenção de uma dieta rica em proteínas de alta qualidade. O ambiente domiciliar também deve ser adaptado para reduzir riscos, eliminando obstáculos e garantindo iluminação adequada.

Essas medidas, somadas à suplementação, oferecem uma estratégia robusta para reduzir a incidência de quedas e preservar a independência do idoso.

Conclusão: minerais como aliados da mobilidade

As quedas representam um dos maiores riscos à autonomia do idoso, mas não são um destino inevitável. O cálcio e o magnésio, quando prescritos de forma integrada e estratégica, podem modular funções neuromusculares, preservar a saúde óssea e reduzir significativamente esse risco. O papel do prescritor é identificar precocemente deficiências e propor protocolos que atuem de forma preventiva.

O suplemento de cálcio e o suplemento de magnésio da Joie Suplementos foram desenvolvidos justamente para atender a essa necessidade, oferecendo soluções eficazes para fortalecer ossos, músculos e equilíbrio. Incorporá-los aos protocolos clínicos pode ser decisivo na promoção de um envelhecimento ativo e seguro.

Para aprofundar-se em perspectivas relacionadas, vale também conferir a discussão sobre colágeno tipo II e vitamina D na prevenção articular, que complementa a visão integrativa do cuidado musculoesquelético no envelhecimento.

Referências

  1. Carvalho, A. B.; Silva, F. R.; Moura, E. G. Magnésio e cálcio: interações nutricionais e implicações clínicas. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, 2019; 34(2): 89-96.
  2. Pinheiro, M. M.; Ciconelli, R. M. Osteoporose no Brasil: epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Reumatologia, 2006; 46(6): 389-395.
  3. Rizzoli, R.; Reginster, J. Y.; Arnal, J. F. et al. Quality of life in sarcopenia and frailty. Calcified Tissue International, 2013; 93(2): 101-120.
  4. Veronese, N.; Stubbs, B.; Maggi, S. et al. Dietary magnesium intake and risk of falls in older adults. Journal of the American Geriatrics Society, 2017; 65(1): 153-160.

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