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São Paulo - SP
02 de April de 2025
Ciência e Evidências

O papel do magnésio na regulação metabólica, neuromuscular e cardiovascular

  • fevereiro 20, 2025
  • 7 min read
O papel do magnésio na regulação metabólica, neuromuscular e cardiovascular

O magnésio é um mineral essencial para o metabolismo humano, desempenhando papel fundamental em mais de 300 reações enzimáticas no organismo. Sua atuação abrange desde a produção de energia celular até a função neuromuscular e cardiovascular, tornando-se um dos nutrientes mais relevantes na prática clínica.

Apesar de sua importância, a deficiência de magnésio é comum, afetando grande parte da população, especialmente idosos, atletas, pacientes com doenças metabólicas e indivíduos expostos a altos níveis de estresse. A suplementação de magnésio tem demonstrado benefícios significativos na modulação da sensibilidade à insulina, no controle da pressão arterial, na melhora da qualidade do sono e na redução da inflamação crônica.

Magnésio e metabolismo energético

O magnésio desempenha um papel essencial no metabolismo energético, sendo um cofator da adenosina trifosfato (ATP), a principal molécula de energia do corpo. Sua presença é necessária para a conversão de carboidratos, proteínas e gorduras em energia utilizável pelas células.

Além disso, ele participa da ativação da proteína quinase ativada por AMP (AMPK), um sensor metabólico que regula o equilíbrio energético celular. A ativação dessa via melhora a oxidação de ácidos graxos, favorecendo a utilização da gordura estocada como fonte de energia e auxiliando no controle da composição corporal.

Deficiências de magnésio podem comprometer a eficiência metabólica, resultando em fadiga, resistência à insulina e maior predisposição ao acúmulo de gordura visceral. Em indivíduos fisicamente ativos, a deficiência desse mineral pode prejudicar o desempenho esportivo e aumentar o risco de lesões musculares.

Regulação da glicemia e sensibilidade à insulina

O magnésio tem sido amplamente estudado por seu impacto na homeostase glicêmica e na sensibilidade à insulina. A presença adequada desse mineral facilita a ativação dos receptores de insulina, permitindo uma melhor captação da glicose pelas células e prevenindo o desenvolvimento de resistência insulínica.

Estudos demonstram que indivíduos com níveis adequados de magnésio apresentam menor risco de desenvolver diabetes tipo 2, enquanto a deficiência desse mineral está associada a um aumento na glicemia de jejum e no índice HOMA-IR.

Além disso, o magnésio influencia a secreção da insulina pelas células β pancreáticas, garantindo um controle glicêmico mais estável e reduzindo o risco de hiperglicemia pós-prandial. Em pacientes com síndrome metabólica, a suplementação de magnésio tem demonstrado redução dos níveis de glicose e melhora da resistência insulínica.

Magnésio e saúde cardiovascular

A relação entre magnésio e saúde cardiovascular é amplamente documentada na literatura científica. Esse mineral tem um efeito direto na regulação da pressão arterial, da função endotelial e do ritmo cardíaco.

Seu mecanismo de ação envolve a vasodilatação das artérias, promovendo um melhor fluxo sanguíneo e reduzindo a sobrecarga do sistema cardiovascular. O magnésio também regula a atividade do cálcio nas células musculares cardíacas, prevenindo espasmos vasculares e arritmias.

Deficiências de magnésio estão associadas a hipertensão arterial, aumento da inflamação vascular e maior risco de doenças cardiovasculares, incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Estudos clínicos sugerem que a suplementação desse mineral pode reduzir significativamente a pressão arterial em pacientes hipertensos, especialmente quando combinada com potássio e ômega-3.

O papel do magnésio na função neuromuscular

A contração e o relaxamento muscular são processos dependentes da interação entre cálcio e magnésio. Enquanto o cálcio promove a contração muscular, o magnésio é responsável pelo relaxamento das fibras musculares.

Pacientes com deficiência de magnésio podem apresentar sintomas como cãibras, espasmos musculares, fadiga e maior risco de lesões musculares. Além disso, esse mineral influencia a transmissão dos impulsos nervosos, desempenhando um papel fundamental na função neuromuscular e na prevenção de condições como a síndrome das pernas inquietas e espasticidade muscular.

Em atletas e praticantes de atividades físicas intensas, o magnésio auxilia na recuperação muscular, reduzindo a fadiga e melhorando a resistência ao exercício. Seu efeito na redução da produção de ácido lático também pode contribuir para a diminuição da dor muscular pós-treino.

Magnésio e qualidade do sono

A relação entre magnésio e sono tem sido alvo de diversos estudos científicos. Esse mineral influencia a atividade do GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor responsável pela regulação do relaxamento e indução do sono profundo.

A deficiência de magnésio pode resultar em insônia, despertares frequentes e baixa qualidade do sono, especialmente em indivíduos com alto nível de estresse. A suplementação desse mineral tem demonstrado efeitos positivos na melhora da latência do sono, na redução do cortisol noturno e na promoção de um descanso mais reparador.

Além disso, o magnésio contribui para a regulação do ritmo circadiano, promovendo um equilíbrio na produção de melatonina e ajudando a sincronizar os ciclos de sono e vigília.

Biodisponibilidade do magnésio e formas de suplementação

Apesar da importância do magnésio, sua absorção pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo a forma química do suplemento e a presença de cofatores. Diferentes tipos de magnésio apresentam biodisponibilidade variável, sendo algumas formas mais eficazes do que outras:

  • Magnésio quelato (bisglicinato, aspartato) – Alta absorção, excelente tolerância gastrointestinal.
  • Citrato de magnésio – Boa biodisponibilidade, auxilia na função intestinal.
  • Cloreto de magnésio – Forma eficiente para suporte metabólico, mas com potencial efeito laxativo.
  • Óxido de magnésio – Baixa absorção, geralmente utilizado como laxante.

A escolha da forma ideal deve levar em consideração a necessidade clínica do paciente, garantindo máxima absorção e eficácia terapêutica.

Abordagem clínica e recomendações para prescrição

A suplementação de magnésio pode ser benéfica em diversos contextos clínicos, incluindo:

  • Pacientes com resistência à insulina e síndrome metabólica – Melhora da captação de glicose e controle glicêmico.
  • Indivíduos hipertensos ou com risco cardiovascular – Regulação da pressão arterial e melhora da função endotelial.
  • Atletas e praticantes de atividade física intensa – Prevenção de cãibras, recuperação muscular e melhora do desempenho.
  • Pessoas com estresse crônico e insônia – Regulação da resposta ao estresse e melhora da qualidade do sono.

A dosagem pode variar de acordo com a necessidade individual, sendo 300 a 500 mg ao dia uma faixa segura e eficaz para a maioria dos pacientes.

Na Joie Suplementos, o magnésio está disponível em formas de alta biodisponibilidade, garantindo absorção eficiente e suporte metabólico otimizado.

Referências

  1. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). “Magnésio e sua influência no metabolismo”. Disponível em: https://www.endocrino.org.br
  2. Universidade de São Paulo (USP). “Efeitos do magnésio na função cardiovascular”. Disponível em: https://www.teses.usp.br
  3. Harvard Medical School. “The Role of Magnesium in Health and Disease”. Disponível em: https://www.health.harvard.edu
  4. National Institutes of Health (NIH). “Magnesium and Human Metabolism”. Disponível em: https://ods.od.nih.gov
  5. Ministério da Saúde do Brasil. “Guia alimentar para a população brasileira”. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br